Do calor, ferro e solda, a arte. Mauro Cristovão Alvim, ‘mineirim’ de Juíz de Fora, fundador do ESTRADEIROS REAIS MOTO GROUP soldou metal com perseverança, idealismo, amor e, como resultado final, obteve o êxito. Responsável pelo renascimento de peças, ora ganhas de amigos, ora compradas em ferro velho ou até mesmo encontradas pelas andanças feitas por esse estradão sem fim, Alvim orgulha-se do fato de suas motoesculturas serem adoradas por quem tem a oportunidade de vê-las de perto.
Compradas e valorizadas como arte, Alvim tem no reconhecimento do seu trabalho o verdadeiro pagamento. Depois de adquiridas, seu ‘arteciclismo’ é exposto em locais de destaque, seja na sede de moto-clubes, bares temáticos ou até mesmo na estante de residências, locais onde a sucata ganha um novo status.
Em meados da primeira década deste novo milênio, para ser mais exato, no ano de 2007, eram criadas as primeiras peças. Enquanto caía a CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), a chuva arrasava Santa Catarina e Kaká era considerado o melhor jogador do Mundo pela Fifa (Bons tempos!), Alvim renascia juntamente com seu trabalho.
Segundo o próprio Alvim, tudo começou com o objetivo de encontrar uma forma de terapia. Apaixonado pelo motociclismo, Mauro sempre frequentou eventos organizados por moto-clubes, onde algumas outras formas de arte eram expostas, tais como motos feitas em gesso, madeira, plástico, arame e, por fim, sucata. E ali estava a resposta. “Foi quando associei o conhecimento que eu já tinha em solda com a arte e a paixão pelas motos”, relembra.
Relâmpago Calango
A arte tomou o lugar da terapia e o ‘mineirim’ debruçou-se na bancada para dar vida às imagens da sua mente. Cada peça leva, em média, três dias para ficar pronta, é sempre única e recebe do criador um nome de batismo. A ‘Relâmpago Calango’ fora feita em homenagem a um cão da sua infância e a ‘Lord Zé’ foi concebida em homenagem ao seu irmão, falecido há 30 anos. “Geralmente, ao batizar as peças dou vazão a poesia, minha primeira forma de arte como terapia”, explica.
Lord Zé
Reconhecido pelo seu trabalho, hoje, Alvim pode se dedicar à família, a arte e ao motociclismo por completo, mas não é só de orgulho que vive um homem. Sua história como um todo o ajuda a manter-se vivo e em evolução.
Alvim não esconde seu passado e fala para o Rock’n Rodas sobre as barreiras enfrentadas ao longo da vida. Dedicar-se ao motociclismo como o faz hoje, somente depois de vencer a dependência química, o alcoolismo e o transtorno bipolar. Há dez anos VENCE tais obstáculos e assim como as rodas das nossas motocicletas, deu voltas e voltas, iniciou e interrompeu projetos, mas seguiu sempre em frente.
Mauro, que adora conhecer novos lugares e fazer novas amizades, como todos que por aqui passam, acredito eu, enquanto canta Raul Seixas (Tente outra vez) para resumir sua história atribui a arte e ao motociclismo, boa parte da responsabilidade por suas vitórias. “Tem gente que procura a Igreja, outros, a terapia. Eu procuro a estrada”, destaca.
Como já mencionado, além das suas esculturas, Mauro também é fundador do ‘Estradeiros Reais Moto Group’, que conta com dez integrantes, mais filhos, sem a pretensão de crescer em números e sim, em qualidade. “Quis fazer algo mais familiar e com amigos mais chegados. Não temos estatuto; apenas um lema: não faça ao outro o que não quer seja feito a você”, finaliza Mauro, que segue pela estrada divulgando seu trabalho e vencendo os obstáculos que a vida lhe apresenta.
Siga o Mauro no Twitter (http://twitter.com/ESTRADEIROREAL) e acompanhe seu trabalho através do seu blog (www.estradeirosreaismotogroup.blogspot.com/)
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