Vai
ser uma mudança e tanto, para o piloto que anda de 600 à frente das motos
1000cc. O vice-campeão da Superbikes Series dessa temporada e líder da MotoGP
1000 Eduardo Costa Neto, da equipe Mobil Rush Racing Team, anuncia a troca de
sua Kawasaki Ninja ZX-6R por uma Honda CBR 1000 RR.
Dudu Rush, como é conhecido, tem andado na
ponta dos principais campeonatos enfrentando motos de 1000cc com a sua Kawasaki
600 – instrutor de pilotagem, ele é um veterano piloto dessas motos ditas
“pequenas”.
A
mudança para a 1000 será paulatina, enquanto a equipe desenvolve a Honda, em
princípio para competir na temporada do ano que vem. Mas está nos planos
inscrevê-la já em algumas das quatro etapas restantes da MotoGP 1000 neste ano.
Não neste domingo (4) quando pilotará Ninja 600, tentando se manter na
liderança do campeonato.
O
desenvolvimento da nova moto não é novidade nenhuma para a Mobil Honda Racing
Team, uma equipe independente cujos pilotos usam a Triumph 675 Daytona, a
Kawasaki Ninja ZX-6R, a Yamaha R6 e também a Honda CBR-600
RR. Uma destas Hondas 600 é a de Eric Granado, que fica aos cuidados da
equipe, com a qual ele treina no Brasil.
A moto foi cedida ao jovem
piloto pela concessionária Honda Trends e pela Soulmoto,
empresa do mesmo grupo, com forte presença no setor de roupas e equipamentos
motociclísticos. Com mais essa moto, agora cedida à equipe, o grupo se
tornou ainda patrocinador da equipe Mobil Rush Racing Team, com
logomarcas nas motos da equipe.
Para
Dudu Rush, acostumado a ganhar corridas com suas 600 cilindradas à frente das
mil, a mudança é um desafio em sua carreira. Diz que vai ter que mudar a sua
tocada, mais agessiva nas 600cc, mais abusada, acelerando nas saídas de curva
ainda com a moto deitada, para uma postura mais adequada à maior potência das
1000 cc.
Uma abordagem diferente nas tomadas, contorno e principalmente
saídas das curvas, acelerando só depois da moto já levantada, garantindo não
desperdiçar a potência brutal das 1000cc na sua impressionante retomada.
A
preparação da nova moto não é simples, porque não se resume a aumentar a
potência do motor, o que é quase impossível - e não raro desnecessário - nesses
motores modernos. Tem mais a ver com transferir a potência para o chão, numa
sintonia fina que depende mais da parte ciclística, das dezenas acertos de
suspensão e geometria – e também mais que mudar-lhes os componentes, pois
o regulamento permite o uso de algumas marcas lendárias.
O que conta é uma
expertise que precisa ser galgada com o tempo, modelo a modelo de moto e estilo
do piloto. Por enquanto, Dudu se sente mais seguro na sua Kawasaki 600,
para manter a liderança em direção ao primeiro título nacional da MotoGP
1000, que caminha para ser o mais competitivo campeonato de motovelocidade do
país.
Fonte: das Assessorias
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